Dallier e o Morro da Conceição

Veja meu outro blog de crônicas. http://dalliercronicas.blogspot.com

26.6.06

texto de Pindaro Castelo Branco


Surpreende-me ver a evolução do trabalho de Dallier,Nele a intuição brota espontaneamente em paisagens dinâmicas e bem estruturadas , onde o tema é apenas pretexto para criação plástica.A pintura é forte, vigorosa, solta, livre. as pinceladas vibrantes, valores pictóricos transcendem naturalmente a habilidade artesanal.
Sua sensibilidade energe como valor maior,regendo o cromatismo e o uso da luz. e fazendo com que um movimento maior de criação nos mostre trabalhos coesos e artisticamente sólidos.
Rio de janeiro, agosto de 1985
Pindaro Castelo Branco

25.6.06

dallier e o morro da Conceição

O morro de antigamente





~Fotos do morro da Conceicão de antigamente; algumas de meus tempos de crianças, outras anteriores.Machado de Assis escreveu em suas crônicas sobre o Rio de Janeiro , algumas que falavam do Jardim Suspenso do Morro da Conceição, que hoje se encontra abandonado e suas esculturas originais foram retiradas e até hoje não foram devolvidas pela prefeitura, deixando nosso Jardim Suspenso abandonado.

24.6.06


ESSE RIO ONDE NASCI , TEXTO DE DALLIER

A velha casa onde nasci , ainda teima em continuar de pé, fica situada em uma pequena rua de nome “Estela “ e tem uma placa de n, 28 presa em uma de suas paredes externas. Fica lá , no finalzinho da Pacheco Leão, hoje uma rua bastante conhecida por ter se tornado um reduto televisivo
Foi nesse bairro chamado Jardim Botânico, cujo trecho onde
nasci , foi apelidado de Itália pequena. que vivi minha vida , até alcançar a maior idade , de ter servido o exército ( Escola de Educação Física ) com breve período de ausência , como quando fomos morar na Praça Mauá em uma velha casa construída por meu avô paterno em l904 e ainda também de pé ) de n. 52 , na Ladeira João Homem , onde espero voltar a viver.
Quando tento mergulhar no fundo do poço de minhas memórias , as primeiras imagens que surgem em minha mente, são as de uma manhã de natal lá pelos idos de 1936 . quando eu acabara de completar 4 anos de minha existência nesse mundo de Nosso Senhor Jesus Cristo.- De manhã ao acordar encontrei junto a cama um carrinho de mão de madeira ( parecido com os que são usados em obras ) e dentro dele uma boneca ( brinquei com bonecas até os 7 anos ) . Horas depois , lembro-me bem do meu avô materno e sua oitava mulher ( que eu e meu irmão mais velho – éramos apenas dois ) fomos acostumados a chamar de avó. Quando os avistei subindo a Ladeira comecei a gritar – Lá vem vovô , - lá vem a lingüiça do vovô ! – pois sempre que ele vinha nos visitar trazia como seu cartão de visitas uma lata de lingüiça “Olderich “ em conserva e alguns ovos caseiros . Não me lembro de ter ganho dele um brinquedo .
Outras lembranças dessa época surgem descompassadas , doenças nos olhos , febres constantes, queimaduras no corpo com café fervente e o acidente que tive no dia em que , minha mãe eu e meu irmão íamos visitar amigos no bairro onde nasci. Estávamos descendo a ladeira ; lembro-me bem.Meu irmão e eu vestíamos roupas novas de seda branca com botões de madrepérola ; ao olhar para um papa-vento no alto de um sobrado , veio o tombo , quebrei o queixo e fui levado para o pronto-socorro por uma tia do lado paterno de nome Rosa ( Já que eu tinha duas tias do mesmo nome de lados opostos ,morando na mesma casa ) onde levei vários pontos. Lembro-me também dos ônibus de dois andares da light que faziam o percurso Praça Mauá – Jockey Club . Das visitas que fazíamos ao auditório da Radio nacional para ver de perto Batista Junior ( era pai de Linda e Dircinha ) e seus bonecos falantes.
Também o carnaval daquela época contagiava toda família ( esqueci de dizer que dividíamos a casa com mais quatro irmãos de meu pai e suas respectivas famílias. Fantasiados descíamos a ladeira rumo à Avenida Rio Branco para assistir o desfile de carros abertos , que carregavam foliões que espalhavam confétis , serpentinas e lança- perfumes ( naquela época não era proibido ) e parávamos na extinta Galeria Cruzeiro, onde os bondes que chegavam, traziam dezenas de carnavalescos vindos de todas as partes e que se juntavam na avenida , formando um grande bloco contagiante onde a pura alegria reinava nos quatro dias de momo .
Costumávamos , nós os moradores do Morro da Conceição, à participar do banhos à fantasia na Praia do Flamengo, Íamos todos descendo o morro e tínhamos também nossos carros alegóricos que eram empurrados pelos participantes e em determinado ano eu saí em um deles vestido com roupa de papel crepom , como ajudante de motorista que era um primo da mesma idade de nome Ézio , E lá íamos nós em nosso carro de madeira empurrado por familiares enquanto todos dançavam e cantavam ao som das antigas marchinhas .
A primeira lembrança do bairro onde nasci é de quando com seis anos já pertinho dos sete, nos mudamos de volta. É o caminhão de mudanças chegando a Rua Lopes Quintas , e a velha e pequena casa em que fomos morar. Foi nesse dia em que eu conheci Lucilia ( onde andará ? ) a primeira paixão de menino que durou alguns anos até que ela veio a conhecer àquele que viria a ser seu marido.
Aos domingos freqüentávamos as matinês do Cinema Floresta , que fizeram surgir em mim a paixão por Alice Faye. Via a revia seus filmes ( muitas vezes as escondidas ) alguns ( 3 ) ao lado da brasileiríssima Carmen Miranda.
Só mais tarde , já adolescente surgiria em mim uma nova e definitiva paixão- Emilinha Borba. Era com ansiedade que esperava os sábados para ouvir a voz de César de Alencar anunciar - A minha , a sua , a nossa favorita -Emilinha Borba.
Continúo afirmar que junto com a minha mãe foram elas que nortearam a minha vida, e , até hoje estão presentes no meu dia a dia , através de lembranças , discos e filmes , que ouço e . vejo para diminuir a solidão e fazer dela uma boa companheira .

23.6.06

Texto de Artur da Távola


Estes são os cincos quadros citados e faziam parte de uma exposição em que eu representaria os 500 anos do Brail em Marselha, e que não se realizou pela desvalorição do Real na época, dificultando
nossa viagem. A exposição seria realizada por ocasião do festival "Fiesta des Suds" O festival é um mais importantes eventos do calendário do sul da França. Isto aconteceria no ano de 1998. Esta exposição foi remarcada para março de 1999, ano que seria marcado com vários eventos em comemoração aos 2.600 anos da cidade de Marselha e o lugar escolhido para a exposição seria "Arcenaulx " , ponto de personalidades,artistas e intelectuais de Marselha. Foi uma grande perda para minha carreira e deixei de conhecer o sul da França, onde teve inicio a minha familia de parte materna.










21.6.06

ÉDIPO, DE IVO KORYKOWSKI

ÉDIPO NOS REVELA UM GRANDE CONTISTA.UM DOS MELHORES CONTISTAS DO BRASIL DE HOJE.O LIVRO NOS MOSTRA A PERFEIÇÃO DE UM ESTILO, ARGÚCIA DA OBSERVAÇÃO, ANÁLISE IMPLACÁVEL ,MINUCIOSA E LEVE. É UM CONTISTA FLUENTE. ÁGIL,MALICIOSO. TÃO HUMANO! O IRMÃO DE MARQUES RABELLO" Antonio Carlos Villaça.

CURRICULO


-1971 SALÃO NACIONAL DE BELAS ARTES MEC/ RJ.-1973 - CENTRO INTERNACIONAL DE PINTURA NAIF - ROMA / ITÁLIA.-1974 -III MOSTRA DE ARTES VISUAIS DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - NITERÓI.-MOSTRA ESTADUAL PARA BIENAL NACIONAL BRASIL PLÁSTICA (CETREJ) RJ.-ARTE / ARTISTAS / TENDÊNCIAS (CONVIDADO PELO GOVERNADOR RAIMUNDO PADILHA PARA REPRESENTAR O ESTADO DO RIO, AO LADO DE QUIRINO CAMPOFIORITO, ZALUAR. NEWTON REZENDE, PAIVA BRASIL, ENTRE OUTROS).-CINCO PINTORES BRASILEIROS / GALERIA IBIZA / ESPANHA.-XXIII SALÃO DE ARTE MODERNA - MEC / RJ.-1974 INSTITUTO DE CRIATIVIDADE POPULAR / MUSEU DE BELAS ARTES - RJ.-1976 - XXV SALÃO DE ARTE MODERNA / RJ.-1980 / NITERÓI HOJE / CENTRO CULTURAL PASCHOAL CARLOS MAGNO - NITERÓI / RJ. -1982 - COLETIVA GALERIA 2D - IPANEMA/ RJ. -EXPOSIÇÃO DE MINI QUADROS / TIJUCA TENIS CLUB / TIJUCA/ RJ.-1984 - COLETIVA DA ALIANÇA FRANCESA / IPANEMA / RJ.-1986 - COLETIVAS NAS GALERIAS; CONTRA PONTO / JORDI E BASILIO.-COLETIVA FÚTILBOL - GALERIA BASILIO. -1987 - COLETIVA ' 100 ANOS DE VILLA LOBOS - GALERIA BASILIO / RJ.-E ESPAÇO CULTURA CITICORP / SÃO PAULO.-COLETIVA "CARNAVÁLIA 88" GALERIA BASILIO / RJ.-1989 COLETIVAS DE ACÊRVO GALERIAS D´BIELER / GÁVEA / GALERIA SÉCULO / COPACABANA E VOLPI / COPACABANA / RJ.-1991- PINTURA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA / GALERIA SÉCULO / COPACABANA /RJ.-XI MOSTRA DE PINTURA HISPÃNICA - UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE / NITERÓI /RJ. -1992 - COLETIVA "OPEN HOUSE" COPACABANA PALACE / RJ. -1998 - ARTE PRESENTE / GALERIA VILA RISO / RJ.-2003 - ARTE FUTEBOL / GALERIA GOURMET / RJ.-2003 - "CELEBRAÇÃO" 10 ANOS DO CENTRO CULTURAL DOS CORREIOS / RJ. PROJETO MAUÁ/MORRO DA CONCEIÇÃO- CENTRO CULTURAL DA JUSTIÇA FEDERAL, CINELÂNDIA/ RJ - A CARA DO RIO / CENTRO CULTURAL DOS CORREIOS RJ, ENTRE OUTRAS - INDIVIDUAIS ; -1980 - GALERIA PRODESP / SÃO PAULO.-1981 - CENTRO CULTURAL PASCHOAL CARLOS MAGNO / NITERÓI-RJ.-1985 "PAISAGENS" GALERIA BASILIO / RJ.- 1994 - MINI - RETROSPECTIVA - ESPAÇO CULTURAL ZUZU ANGEL / SÃO GONÇALO / SÃO GONÇALO- RJ.-1995 - ESPAÇO CULTURAL LA PLACE / IPANEMA / RJ.-ESPAÇO E MOVIMENTO I E II - CENTRO CULTURAL DOS CORREIOS/ RJ.- "PRIMAVERA ESTAÇÃO MULHER" CENTRO CULTURAL DEFENSORIA PÚBLICA / RJ.- 1997 "DO INDIVIDUAL AO UNIVERSAL" / MUSEU DO INGÁ/ NITERÓI/RJ.-2000 - 30 ANOS DE PINTURA / ESPAÇO CULTURAL CRÉA / RJ. -"FORMAS E CORES" ESPAÇO CULTURAL PALÁCIO TIRADENTES - ALERJ - RJ. DALLIER 71 ANOS SERJUS RJ. -IN-COR-POR-AÇÃO- CENTRO CULTURAL DOS CORREIOS 2004 -PINTURAS RECENTES -CENTRO CULTURAL CANDIDO MENDES- 2006

HILDEGARD ANGEL /JORNAL O GLOBO


..." como atração à parte , a mostra de quadros a óleo do notável talento local , o pintor Dallier.."Hildegard Angel Jornal o "Globo ".24-9-94

DICIONÁRIO DE PINTORES DO BRASIL


"A pintura expressionista de Dallier se inscreve entre as mais significativas de nossa vanguarda artística "José MedeirosProf. Pintura

20.6.06

PINTURAS RECENTES/CANDIDO MENDES III






TEXTO DE BERNARDETE CAVALCANTE


A vida e a arte entrelaçada, olhando os quadros de Dallier e o que se sente. Um todo resultante de um trabalho constante e consciente no sempre crescer como artista em cada quadro. O trabalho do pintor transpõe os limites do figurativo atingindo um quase abstracionismo diluído, lírico, informal, mas rico em percepção com as mesmas pinceladas vigorosas de sua obra anterior. A sua emoção interpreta a natureza em suas várias facetas; casario, natureza morta, figuras para abstração em tons fortes, sendo essencialmente emotivo e intimista, Dallier nos transmite em sua pintura a poesia real e humana que todo grande artista consegue expressar visualmente no instante de sua criação. Na dimensão de um mundo ampliado e colorido Dallier conforma-se como um pintor de vivência fascinante."Bernardete Cavalcante

19.6.06

PINTURAS RECENTES II/CANDIDO MENDES








PINTURAS RECENTES/GRANDE GALERIA C.MENDES












meu atelier










Minha casa é assim, sempre cabe mais um, gosto de receber os amigos e visitantes que queiram conhecer meus trabalhos.